O doce sabor da infância.

A ideia de 'nunca dizer nunca' está marcada em todas as ondas que a minha mente produz. É como se realmente, acreditasse nisso há bastante tempo. Diria até...desde sempre. Apenas sei que a aprendi com uma pessoa realmente muito importante. O que já me traz bastante orgulho, por a saber. A minha mente está como...um rodapé. Essa ideia corre dentro de mim, da primeira parte do meu corpo (que posso considerar a cabeça), até há última (os pés). As memórias invadem-me, sempre que tento fechar os olhos para abrir outra página da minha Vida. Há sempre uma ligeira travagem quando tento pegar na caneta, para recomeçar a escrever, desta vez algo melhor, algo que me trará mais conforto. A minha voz fica presa a algo que nem eu sei, e os meus gritos apenas oscilam dentro de mim. 'Dentro de mim', é verdade. No corpo correm-me um turbulhão de emoções, fortes. Demasiado fortes. Algo que se continuar a sim, acabará comigo. Tenho vontade de deixar que tudo isto me largue! Que tudo se solte e passe cá para fora como...foguetes cintilantes. Poucas cores vivas eles iriam expôr. E talvez o preto e o cinzento predominassem nas suas expulsões doentias. Pergunto-me pela melhor forma de...acabar com tudo isto. Com esta impaciência, com estas memórias que eu hoje, realmente desejo arrancar do meu ser. Quero conseguir-me habituar ao que tenho agora. Quero não! Tenho de conseguir. Repeti-o tantas vezes para mim própria...mas esse 'tenho' fica preso à minha teimosia e persistência. O que devo fazer? Como fazer? Quando fazer? Onde fazer? COM QUEM FAZER?! Estou a pairar sobre questões que me marcam o interior com pontadas fortes. Eu quero. Eu quero, eu quero, eu quero (...) e acabo por me sentir uma criança mimada a implorar um chupa de morango! As únicas diferenças que existem, é que as crianças conseguem sempre o que querem, utilizando a sua ingenuidade e a sua ternura. Ultizando o seu sorriso meigo, o seu olhar doce, a sua voz baixinha...eu não. Não consigo porque não sou uma criança. Infelizmente...deixei de o ser, mais depressa do que pensava. E hoje, birras típicas como antes fazia, já não resultam. Não resultam porque tenho de saber encarar tudo, 'frente a frente'. Olhar fixamente, como se tudo para onde olhasse, fizesse já parte do meu íntimo, há tempo suficiente para talvez...eu dizer que tenha nascido comigo. Tenho de saber erguer os punhos, mandar um murro na mesa sempre que não concordo com uma decisão imposta, agir com arrogância sempre que se aproveitarem de mim, ser fria quando estiverem a usar os meus sentimentos que dou com todo o amor que tenho. "É a Vida, Sandra. É a Vida." Estou farta! Farta de dizer isso a mim mesma. Farta de me sentir como uma mulher que tem de pensar para ser alguém. Queria poder recuperar tudo o que em tempos atrás vivi...queria ter um pesadelo, e ter quem estivesse do meu lado, a aconchegar-me e a dizer docemente: "Já passou, meu amor.", queria ter alguém que me fizesse festinhas no cabelo, alguém que me pegasse ao colo, alguém que me deixasse dormir sobre o seu peito cheio de amor para me oferecer...! Queria poder sentir...o doce sabor da infância, mais uma vez na vida.
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Eu sei mãe, eu sei.
Amo-te.
És grande parte de mim, minha protecção.

O doce sabor da infância.

A ideia de 'nunca dizer nunca' está marcada em todas as ondas que a minha mente produz. É como se realmente, acreditasse nisso há bastante tempo. Diria até...desde sempre. Apenas sei que a aprendi com uma pessoa realmente muito importante. O que já me traz bastante orgulho, por a saber. A minha mente está como...um rodapé. Essa ideia corre dentro de mim, da primeira parte do meu corpo (que posso considerar a cabeça), até há última (os pés). As memórias invadem-me, sempre que tento fechar os olhos para abrir outra página da minha Vida. Há sempre uma ligeira travagem quando tento pegar na caneta, para recomeçar a escrever, desta vez algo melhor, algo que me trará mais conforto. A minha voz fica presa a algo que nem eu sei, e os meus gritos apenas oscilam dentro de mim. 'Dentro de mim', é verdade. No corpo correm-me um turbulhão de emoções, fortes. Demasiado fortes. Algo que se continuar a sim, acabará comigo. Tenho vontade de deixar que tudo isto me largue! Que tudo se solte e passe cá para fora como...foguetes cintilantes. Poucas cores vivas eles iriam expôr. E talvez o preto e o cinzento predominassem nas suas expulsões doentias. Pergunto-me pela melhor forma de...acabar com tudo isto. Com esta impaciência, com estas memórias que eu hoje, realmente desejo arrancar do meu ser. Quero conseguir-me habituar ao que tenho agora. Quero não! Tenho de conseguir. Repeti-o tantas vezes para mim própria...mas esse 'tenho' fica preso à minha teimosia e persistência. O que devo fazer? Como fazer? Quando fazer? Onde fazer? COM QUEM FAZER?! Estou a pairar sobre questões que me marcam o interior com pontadas fortes. Eu quero. Eu quero, eu quero, eu quero (...) e acabo por me sentir uma criança mimada a implorar um chupa de morango! As únicas diferenças que existem, é que as crianças conseguem sempre o que querem, utilizando a sua ingenuidade e a sua ternura. Ultizando o seu sorriso meigo, o seu olhar doce, a sua voz baixinha...eu não. Não consigo porque não sou uma criança. Infelizmente...deixei de o ser, mais depressa do que pensava. E hoje, birras típicas como antes fazia, já não resultam. Não resultam porque tenho de saber encarar tudo, 'frente a frente'. Olhar fixamente, como se tudo para onde olhasse, fizesse já parte do meu íntimo, há tempo suficiente para talvez...eu dizer que tenha nascido comigo. Tenho de saber erguer os punhos, mandar um murro na mesa sempre que não concordo com uma decisão imposta, agir com arrogância sempre que se aproveitarem de mim, ser fria quando estiverem a usar os meus sentimentos que dou com todo o amor que tenho. "É a Vida, Sandra. É a Vida." Estou farta! Farta de dizer isso a mim mesma. Farta de me sentir como uma mulher que tem de pensar para ser alguém. Queria poder recuperar tudo o que em tempos atrás vivi...queria ter um pesadelo, e ter quem estivesse do meu lado, a aconchegar-me e a dizer docemente: "Já passou, meu amor.", queria ter alguém que me fizesse festinhas no cabelo, alguém que me pegasse ao colo, alguém que me deixasse dormir sobre o seu peito cheio de amor para me oferecer...! Queria poder sentir...o doce sabor da infância, mais uma vez na vida.
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Eu sei mãe, eu sei.
Amo-te.
És grande parte de mim, minha protecção.