A minha Lua és tu.

Já se faz tarde, e a Lua ocupou o céu negro, que apenas expõe pequenos pontos de luz, tão distantes que provocam raiva por serem tão incansáveis. O meu desejo é dar um pulo, que se torne tão gigante ao ponto de ser possível a minha chegada à Lua, que tanto parece chamar-me! Não sei se a raptaria, ou se...simplesmente dormisse sobre ela. Onde a minha cabeça estaria pousada sobre uma estrela, que faria de almofada. O que faria de cobertor, nesse momento não importa. Talvez...uma camada que a Lua esconde, algo que ninguém sabe!
E a minha decisão está tomada: ficaria a dormir sobre ela. Bem distante de tudo o que me rodeia, e não levaria ninguém comigo. Por muito que esse facto me magoasse, seria o melhor para mim. Pois por vezes, a solidão é o nosso melhor remédio. Imagino como seria sentar-me sobre ela (a Lua), antes de adormecer, e olhar para baixo. Possivelmente veria toda a Terra, todas as luzes que daqui são reflectidas para lá. Está realmente tão distante...e é aqui que o meu lema não se encaixa correctamente: 'never say never' Poderei eu dizer nunca ao facto de nunca alcançar a Lua, como estou a contar-vos? Talvez seja a melhor hipótese a ser escolhida.
Enquanto me encontraria sentada sobre ela, a olhar para 'o isto' que ainda vivo diariamente, apenas suspiraria. Por saber que mais tarde ou mais cedo, teria de voltar a ser essa a minha rotina. Agora...imagino como...seria adormecer sobre ela, e sonhar. Sonhar desde o primeiro minuto em que entrasse na sua expansão inigualável, até que por fim acordasse. Mas não, não desejava acordar. Consigo ver sonhos belos! Bem coloridos. Não continham o preto, o cinzento...todas essas cores escuras que sinceramente me transmitem muitas vezes mágoas doentias. Num dos sonhos que tal cenário me proporcionaria, via-me a 'vivê-lo'...a pairar sobre a escuridão da noite. E fazer de todas as estrelas, os meus degraus. Saltava de um, para outro. Como nos desenhos animados, que vemos quando temos cinco anos. O meu cabelo era loiro, os meus olhos azuis, eu morena...com um vestido roxo, lindíssimo. Tão lindo ao ponto de me deixar espantada, mesmo que tudo não passasse de um sonho em que eu não incluia o facto de mais tarde ou mais cedo, vir a terminar. Saltei sobre todas aquelas estrelas, que formaram o meu caminho. Eu estava feliz, realizada e finalmente...estável, em mim. Até que...repentinamente, os meus passos se tornaram lentos, lentos, lentos...ao ponto de eu chegar mesmo a parar. Ergui a cabeça muito devagar, quase como...se estivesse em pleno filme, e que aquele momento estaria a ser reproduzido em versão lenta. E ao erguer-me mais um pouco, os meus olhos fixaram-se sobre outros que se encontravam mesmo ali, à minha frente. Uns olhos lindos. Cor de avelã...brilhavam ardentemente, como se dentro deles estivesse a ocorrer um fogo impossível de escassear, com labaredas assustadoras! Fiquei ali. Durante tempos e tempos infinitos! Era como se...através de um olhar, tivesse conseguido entrar dentro de si, e percorrer todo o seu corpo, de princípio, a fim. Muito rapidamente, fechei os olhos, e abanei a cabeça, em sinal de...forma para acordar de tudo aquilo (mas como poderia eu acordar dentro de um sonho?). Tentei ver uma forma de prosseguir no meu caminho. Mas...ELE estava ali. Estava sobre a estrela mais pequenina do derradeiro caminho que eu tinha de atravessar. Não havia forma como escapar. E sinceramente, eu apenas queria fugir dele, não prosseguir tudo aquilo a que eu dava o nome de caminho. A minha mente produzia ondas...algo que...não se explica! Os meus ouvidos oscilavam palavras como: "agarra-o. Tu sabes que é apenas isso que desejas" eu 'gritava-lhes': "NÃO!" até que...a sua voz fez-se ouvir, naquele mar de escuridão que ambos percorríamos. Ele disse-me algo...assim: "não tenhas medo de mim". A minha garganta tornou-se tão seca, que qualquer palavra que eu pronunciasse, abriria um golpe nessa mesma! Mas tive de o fazer: "não tenho medo de ti". Ele apenas me disse: "sinto como se...te conhecesse há bastante tempo. Mas neste momento, apenas sinto o calor abrasador que percorre o corpo de ambos. Que se formou num só, a partir do momento em que nossos olhares de cruzaram". Eu apenas pensava: "Não tinhas o direito de pronunciar tais palavras! Pois a vontade que tinha de te beijar, tornou-se ainda mais incontrolável". Obviamente, respondi: "sinto o mesmo". De forma bastante convencida, ele proferiu tais palavras árduas: "eu sei". Consegui olhá-lo, não tão fixamente como da última vez. Queria ter respondido de forma a que ele percebesse que não dependia dele, absolutamente para nada! Mas como o poderia dizer, se um simples olhar deixava o meu sistema nervoso em altas?! Apenas consegui dizer: "não sejas convencido!". Ele decidiu terminar com todo aquele diálogo, e subitamente, beijou-me. Quis perguntar-lhe o porquê de o ter feito. Mas a minha boca apenas desejava mais um beijo daqueles! Via-o tão ternurento...tão belo, tão perfeito...e por mais que a noite fosse escura, não tornava a sua beleza invisível. As feições do seu rosto, a suavidade da sua pele, o brilho do seu sorriso, que se fazia sentir mesmo que estivesse de noite, os seus lábios irresistíveis...o seu ar subtil, encantador, mágico, único...algo que sem dúvida alguma, merece ser soletrado: p-e-r-f-e-i-t-o. Perfeito ao ponto de doer, ao ponto de descontrolar, ao ponto de 'matar'. E após todos esses pensamentos subtís e encantadores que ele me proporcionara, sem dúvida, voltei a retribuir o beijo. E ele, disse: "eu sabia que também o querias. Tanto quanto eu". Sorri. Desajeitadamente. Desejei tanto abraçá-lo...mas não o queria fazer! Pois sendo um pouco egoísta, quis esperar pelo momento em que ele o faria. Odiava o facto de ele saber sempre o que eu queria! Pois percebi pela sua expressão e pelo sorriso que dará, que sem dúvida ele percebeu que era um abraço que eu esperava. Mas amava que ele fizesse tudo, sem pensar. Abraçou-me, abraçou-me, abraçou-me (...) a minha mente apenas gritava tais palavras! Queria pedir-lhe que nunca me largasse, que nunca me deixasse só...pois sem ele? Não existe nada. Nem céu, nem Sol, nem Lua que seja capaz de captar as minhas atenções...SEM ELE NÃO EXISTE NADA DE NADA. E após tudo aquilo que vivemos conjuntamente, senti que...o amor entre nós era recíproco. O meu coração passou a acompanhar todos os batimentos que o seu produzia, e...passámos a ser um só.
Prometemos um sempre.

A minha Lua és tu.

Já se faz tarde, e a Lua ocupou o céu negro, que apenas expõe pequenos pontos de luz, tão distantes que provocam raiva por serem tão incansáveis. O meu desejo é dar um pulo, que se torne tão gigante ao ponto de ser possível a minha chegada à Lua, que tanto parece chamar-me! Não sei se a raptaria, ou se...simplesmente dormisse sobre ela. Onde a minha cabeça estaria pousada sobre uma estrela, que faria de almofada. O que faria de cobertor, nesse momento não importa. Talvez...uma camada que a Lua esconde, algo que ninguém sabe!
E a minha decisão está tomada: ficaria a dormir sobre ela. Bem distante de tudo o que me rodeia, e não levaria ninguém comigo. Por muito que esse facto me magoasse, seria o melhor para mim. Pois por vezes, a solidão é o nosso melhor remédio. Imagino como seria sentar-me sobre ela (a Lua), antes de adormecer, e olhar para baixo. Possivelmente veria toda a Terra, todas as luzes que daqui são reflectidas para lá. Está realmente tão distante...e é aqui que o meu lema não se encaixa correctamente: 'never say never' Poderei eu dizer nunca ao facto de nunca alcançar a Lua, como estou a contar-vos? Talvez seja a melhor hipótese a ser escolhida.
Enquanto me encontraria sentada sobre ela, a olhar para 'o isto' que ainda vivo diariamente, apenas suspiraria. Por saber que mais tarde ou mais cedo, teria de voltar a ser essa a minha rotina. Agora...imagino como...seria adormecer sobre ela, e sonhar. Sonhar desde o primeiro minuto em que entrasse na sua expansão inigualável, até que por fim acordasse. Mas não, não desejava acordar. Consigo ver sonhos belos! Bem coloridos. Não continham o preto, o cinzento...todas essas cores escuras que sinceramente me transmitem muitas vezes mágoas doentias. Num dos sonhos que tal cenário me proporcionaria, via-me a 'vivê-lo'...a pairar sobre a escuridão da noite. E fazer de todas as estrelas, os meus degraus. Saltava de um, para outro. Como nos desenhos animados, que vemos quando temos cinco anos. O meu cabelo era loiro, os meus olhos azuis, eu morena...com um vestido roxo, lindíssimo. Tão lindo ao ponto de me deixar espantada, mesmo que tudo não passasse de um sonho em que eu não incluia o facto de mais tarde ou mais cedo, vir a terminar. Saltei sobre todas aquelas estrelas, que formaram o meu caminho. Eu estava feliz, realizada e finalmente...estável, em mim. Até que...repentinamente, os meus passos se tornaram lentos, lentos, lentos...ao ponto de eu chegar mesmo a parar. Ergui a cabeça muito devagar, quase como...se estivesse em pleno filme, e que aquele momento estaria a ser reproduzido em versão lenta. E ao erguer-me mais um pouco, os meus olhos fixaram-se sobre outros que se encontravam mesmo ali, à minha frente. Uns olhos lindos. Cor de avelã...brilhavam ardentemente, como se dentro deles estivesse a ocorrer um fogo impossível de escassear, com labaredas assustadoras! Fiquei ali. Durante tempos e tempos infinitos! Era como se...através de um olhar, tivesse conseguido entrar dentro de si, e percorrer todo o seu corpo, de princípio, a fim. Muito rapidamente, fechei os olhos, e abanei a cabeça, em sinal de...forma para acordar de tudo aquilo (mas como poderia eu acordar dentro de um sonho?). Tentei ver uma forma de prosseguir no meu caminho. Mas...ELE estava ali. Estava sobre a estrela mais pequenina do derradeiro caminho que eu tinha de atravessar. Não havia forma como escapar. E sinceramente, eu apenas queria fugir dele, não prosseguir tudo aquilo a que eu dava o nome de caminho. A minha mente produzia ondas...algo que...não se explica! Os meus ouvidos oscilavam palavras como: "agarra-o. Tu sabes que é apenas isso que desejas" eu 'gritava-lhes': "NÃO!" até que...a sua voz fez-se ouvir, naquele mar de escuridão que ambos percorríamos. Ele disse-me algo...assim: "não tenhas medo de mim". A minha garganta tornou-se tão seca, que qualquer palavra que eu pronunciasse, abriria um golpe nessa mesma! Mas tive de o fazer: "não tenho medo de ti". Ele apenas me disse: "sinto como se...te conhecesse há bastante tempo. Mas neste momento, apenas sinto o calor abrasador que percorre o corpo de ambos. Que se formou num só, a partir do momento em que nossos olhares de cruzaram". Eu apenas pensava: "Não tinhas o direito de pronunciar tais palavras! Pois a vontade que tinha de te beijar, tornou-se ainda mais incontrolável". Obviamente, respondi: "sinto o mesmo". De forma bastante convencida, ele proferiu tais palavras árduas: "eu sei". Consegui olhá-lo, não tão fixamente como da última vez. Queria ter respondido de forma a que ele percebesse que não dependia dele, absolutamente para nada! Mas como o poderia dizer, se um simples olhar deixava o meu sistema nervoso em altas?! Apenas consegui dizer: "não sejas convencido!". Ele decidiu terminar com todo aquele diálogo, e subitamente, beijou-me. Quis perguntar-lhe o porquê de o ter feito. Mas a minha boca apenas desejava mais um beijo daqueles! Via-o tão ternurento...tão belo, tão perfeito...e por mais que a noite fosse escura, não tornava a sua beleza invisível. As feições do seu rosto, a suavidade da sua pele, o brilho do seu sorriso, que se fazia sentir mesmo que estivesse de noite, os seus lábios irresistíveis...o seu ar subtil, encantador, mágico, único...algo que sem dúvida alguma, merece ser soletrado: p-e-r-f-e-i-t-o. Perfeito ao ponto de doer, ao ponto de descontrolar, ao ponto de 'matar'. E após todos esses pensamentos subtís e encantadores que ele me proporcionara, sem dúvida, voltei a retribuir o beijo. E ele, disse: "eu sabia que também o querias. Tanto quanto eu". Sorri. Desajeitadamente. Desejei tanto abraçá-lo...mas não o queria fazer! Pois sendo um pouco egoísta, quis esperar pelo momento em que ele o faria. Odiava o facto de ele saber sempre o que eu queria! Pois percebi pela sua expressão e pelo sorriso que dará, que sem dúvida ele percebeu que era um abraço que eu esperava. Mas amava que ele fizesse tudo, sem pensar. Abraçou-me, abraçou-me, abraçou-me (...) a minha mente apenas gritava tais palavras! Queria pedir-lhe que nunca me largasse, que nunca me deixasse só...pois sem ele? Não existe nada. Nem céu, nem Sol, nem Lua que seja capaz de captar as minhas atenções...SEM ELE NÃO EXISTE NADA DE NADA. E após tudo aquilo que vivemos conjuntamente, senti que...o amor entre nós era recíproco. O meu coração passou a acompanhar todos os batimentos que o seu produzia, e...passámos a ser um só.
Prometemos um sempre.