É a Vida.

Tudo se solta e tudo recomeça quando me sinto...mais frágil, mas também mais segura. Tudo se torna num tormento, tudo me magoa, tudo me faz ficar calada, tudo cria mais um rasgo na pele, tudo abre mais um golpe profundo, que, como todos os outros, durará a sarar. Sinto medo de adormecer, e medo de acordar. Medo de adormecer, pois tenho a consciência que a minha noite pode ser invadida por pesadelos indesejados que me deixarão a mente mais atordoada do que ela se tem encontrado. Tenho medo de acordar, por saber que posso vir a enfrentar mais derradeiros problemas, como todos aqueles que têm surgido e roubam mais um pedaço de mim a cada dia. Sei que tenho de adormecer e acordar, por muito que nunca o deseje. Sei que tenho de seguir em frente, a todo o custo. A passos leves e lentos...serenos e suaves como uma pluma branca. Velha e gasta. E assim o faço, vou seguindo o meu rumo, dia após dia. Com mais precaução. Pois cada vez mais me mentalizo que não há tempo para pensar no sítio onde colocar os pés, mas que realmente o pensamento nessas alturas é fundamental. Um passo em falso, e sou recebida em qualquer lugar onde decida entrar com um muro gigante, que terei de saltar, sabendo que ficarei magoada com todos os obstáculos que se vão acumulando no trajecto que ele traz consigo. É a Vida. O quão farta me sinto de pronunciar tal coisa...mas a verdade, é que é assim mesmo. Nunca quero baixar os braços! Nunca quero cair e deixar-me ficar no chão, nunca quero 'morrer na praia', nunca quero baixar a cabeça ao mínimo problema, nunca quero tentar fazer algo pior ainda, nunca quero...deixar-me morrer, cada vez que tenho de encarar um problema de frente. NUNCA QUERO DIZER NUNCA. Tanto tempo levei para aprender esse lema, para me mentalizar que de veras, é assim que tudo tem de ser levado. Com o máximo de respeito, compreensão, transparência e paciência. Não é fácil, nunca foi. Mas mais difícil tudo se tornará se me deixar envolver pelos problemas que teimam em ver-me cair a cada passo que dou, por muito mínimo que esse possa ser. Tenho de lembrar-me todos os dias que sou forte! Que consigo superar, que consigo lutar, que consigo sorrir, que consigo caminhar...que consigo ser eu própria, mesmo quando a Vida tenta não o permitir. Não posso ficar no chão, cada vez que cair. Pois sei que se o fizer, uma única vez que seja, daí surgirá um vício, que acabará por se revelar uma droga doentia, e me impedirá de realizar tudo o que tenho em mente. O meu coração não está abalado, está gasto de tanto bater, por vezes mesmo que eu ache que é em vão. Será tudo psicológico, ou realmente...tudo é como dizem?
Tantos dizem que me admiram pela forma como levo as coisas, pela forma como luto pelo que quero, pela forma como tenho de encarar com certas e determinadas coisas que nem sempre me fazem bem...pois custa. Custa bastante. Tentar fechar os olhos a pormenores (pois para muitos, é apenas isso) que me marcam uma facada, na parte mais frágil do meu corpo; tentar seguir em frente, mesmo que um dos meus pés tenha decidido recuar na minha caminhada; tentar sorrir, quando a minha vontade é chorar; tentar ser eu...quando...tenho vontade de ser outra pessoa. Alguém mais...duro, mais cruel, mais arrogante (...)
Estou verdadeiramente dependentente.
-
É a Vida.

É a Vida.

Tudo se solta e tudo recomeça quando me sinto...mais frágil, mas também mais segura. Tudo se torna num tormento, tudo me magoa, tudo me faz ficar calada, tudo cria mais um rasgo na pele, tudo abre mais um golpe profundo, que, como todos os outros, durará a sarar. Sinto medo de adormecer, e medo de acordar. Medo de adormecer, pois tenho a consciência que a minha noite pode ser invadida por pesadelos indesejados que me deixarão a mente mais atordoada do que ela se tem encontrado. Tenho medo de acordar, por saber que posso vir a enfrentar mais derradeiros problemas, como todos aqueles que têm surgido e roubam mais um pedaço de mim a cada dia. Sei que tenho de adormecer e acordar, por muito que nunca o deseje. Sei que tenho de seguir em frente, a todo o custo. A passos leves e lentos...serenos e suaves como uma pluma branca. Velha e gasta. E assim o faço, vou seguindo o meu rumo, dia após dia. Com mais precaução. Pois cada vez mais me mentalizo que não há tempo para pensar no sítio onde colocar os pés, mas que realmente o pensamento nessas alturas é fundamental. Um passo em falso, e sou recebida em qualquer lugar onde decida entrar com um muro gigante, que terei de saltar, sabendo que ficarei magoada com todos os obstáculos que se vão acumulando no trajecto que ele traz consigo. É a Vida. O quão farta me sinto de pronunciar tal coisa...mas a verdade, é que é assim mesmo. Nunca quero baixar os braços! Nunca quero cair e deixar-me ficar no chão, nunca quero 'morrer na praia', nunca quero baixar a cabeça ao mínimo problema, nunca quero tentar fazer algo pior ainda, nunca quero...deixar-me morrer, cada vez que tenho de encarar um problema de frente. NUNCA QUERO DIZER NUNCA. Tanto tempo levei para aprender esse lema, para me mentalizar que de veras, é assim que tudo tem de ser levado. Com o máximo de respeito, compreensão, transparência e paciência. Não é fácil, nunca foi. Mas mais difícil tudo se tornará se me deixar envolver pelos problemas que teimam em ver-me cair a cada passo que dou, por muito mínimo que esse possa ser. Tenho de lembrar-me todos os dias que sou forte! Que consigo superar, que consigo lutar, que consigo sorrir, que consigo caminhar...que consigo ser eu própria, mesmo quando a Vida tenta não o permitir. Não posso ficar no chão, cada vez que cair. Pois sei que se o fizer, uma única vez que seja, daí surgirá um vício, que acabará por se revelar uma droga doentia, e me impedirá de realizar tudo o que tenho em mente. O meu coração não está abalado, está gasto de tanto bater, por vezes mesmo que eu ache que é em vão. Será tudo psicológico, ou realmente...tudo é como dizem?
Tantos dizem que me admiram pela forma como levo as coisas, pela forma como luto pelo que quero, pela forma como tenho de encarar com certas e determinadas coisas que nem sempre me fazem bem...pois custa. Custa bastante. Tentar fechar os olhos a pormenores (pois para muitos, é apenas isso) que me marcam uma facada, na parte mais frágil do meu corpo; tentar seguir em frente, mesmo que um dos meus pés tenha decidido recuar na minha caminhada; tentar sorrir, quando a minha vontade é chorar; tentar ser eu...quando...tenho vontade de ser outra pessoa. Alguém mais...duro, mais cruel, mais arrogante (...)
Estou verdadeiramente dependentente.
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É a Vida.