Acreditar.

O meu coração continua a palpitar solenamente, e a minha repiração está ofegante. Cada vez que fecho os olhos, choro. A música que tenho escutado durante toda a tarde puxa pelos meus sentimentos mais escondidos. E eles acabam por ficar à flor da pele, de tal modo que é inevitável não expô-los. Mas também, por que razão não demonstar o que sinto? Se tenho vontade de chorar, por muito que seja sem razão, faço-o. Minto! Pois tudo tem razão.
Sou patética. Patética a cada suspiro que dou, patética a cada movimento que faço. Nasci patética, cresci patética e acredito no facto de morrer patética. Como posso eu não viver patética se tudo em meu torno se tem tornado tão patético ao ponto de suscitar o riso precoce e doentio? Chego a ficar com dores de barriga das gargalhadas estúpidas que dou por coisas sem sentido, ou por coisas sem termos. Mas prefiro sorrir sem motivo, do que chorar com razão.
O sol esteve escondido hoje. Não é verdade? Ou...será que esteve presente no céu, e apenas a minha vontade de não ir à janela arruinou a sua beleza? Agora resta-me apreciar a lua, bem alta, no céu bem negro. Para ver a noite, as minhas atenções despertaram. Pois talvez...isso...se deva ao facto de hoje o meu interior estar tão negro como isso mesmo: o céu à noite. Com pequenas diferenças. Pois nada dentro de mim contém pontinhos de luz inesperados e uma bola enorme de 'queijo' cintilante. É doentio. Quero falar, e nem forças tenho para abrir a boca e para puxar pela voz um pouco...rouca e desesperada. Quero levantar-me da cama, deixar o computador e sair. Sair porta fora, sem rumo. Consigo cantar. Daquelas músicas tão lamechinhas que nasceram para acompanhar o meu espírito nestes dias melancólicos! E as palavras que estão a oscilar nos meus ouvidos, neste preciso momento, são: «you are, the only exception (...)» e é impressionante como cinco palavras simples e uma vírgula são capazes de cativar tantos sentimentos que deveriam manter-se escondidos e bem fechados a sete chaves...é irritante. Eu deveria poder estalar os dedos e obter tudo pelo que estou a ansiar. E na verdade, consigo estalá-los. E a única coisa de 'paranormal' que consigo obter com tal atitude é o som que eles produzem ao 'debater-se'. Estou a sofrer de melancolia. Tenho sono. Os meus olhos estão pesados, e a minha boca teima em manifestar tal 'sentimento'. Eu resisto. Resisto à vontade que tenho de dormir, resisto ao chamamento da minha cama. E porquê? Porque sei que quando adormecer, vou sonhar. E prefiro nem descrever nenhum dos sonhos que geralmente tenho nas noites em que me encontro neste estado patéticamente...patético! Posso pedir um bom sonho para esta noite? Se não tenho paz enquanto estou acordada, pedia pelo menos 0,2% dela enquanto estou a dormir...sei que é outra coisa que não posso obter. Outro pedido sem resposta!
Tenho fome. E apetece-me...gelado de papaia (algo que nem sei se existe) com chocolate quente a fazer de cobertura, e para completar a sua maravilhosa decoração...um morango bem vermelhinho no topo! Outro grande problema da minha melancolia é que me suscita a vontade de atacar em tudo o que é comida. Sejam aperitivos, doces (...) mas bem, no meio de tanto, isso torna-se o menos.
Nunca mais vejo a chegada das férias! Desejo-as a todo o custo. Entro em desespero cada vez que penso que ainda tenho mais uns dias pela frente, em que terei de ver pessoas a sorrir, a pular, a gritar (...) a manifestar todo o tipo de emoções felizes, em todo o lado para onde olharei. Estou a precisar do meu espaço! E não de perguntar incomodativas sobre o facto do porquê de não sorrir, não gritar, não pular...não fazer as minhas típicas figuras patéticas (perdi a conta de quantas vezes mencionei palavras relacionadas com patétiçes neste texto). Hoje a minha mãe faz anos. Quero recebê-la bem, com um belo sorriso. E quero também poder ter forças para lhe dizer um: 'PARABÉNS!' bem feliz e forte. Penso que...estive a reunir todas as minhas forças do meu dia de hoje para esse momento. Quero que perto dela, tudo o que me incomoda hoje se desvaneça. Vou consegui-lo. Por ela, vou consegui-lo. E ela já chegou, pois ouço a sua voz do lado de fora da casa. E isso, fez com que os meus olhos deixassem de pesar, e a sensação de sono tenha passado a mil à hora por mim.
«never say never».

Acreditar.

O meu coração continua a palpitar solenamente, e a minha repiração está ofegante. Cada vez que fecho os olhos, choro. A música que tenho escutado durante toda a tarde puxa pelos meus sentimentos mais escondidos. E eles acabam por ficar à flor da pele, de tal modo que é inevitável não expô-los. Mas também, por que razão não demonstar o que sinto? Se tenho vontade de chorar, por muito que seja sem razão, faço-o. Minto! Pois tudo tem razão.
Sou patética. Patética a cada suspiro que dou, patética a cada movimento que faço. Nasci patética, cresci patética e acredito no facto de morrer patética. Como posso eu não viver patética se tudo em meu torno se tem tornado tão patético ao ponto de suscitar o riso precoce e doentio? Chego a ficar com dores de barriga das gargalhadas estúpidas que dou por coisas sem sentido, ou por coisas sem termos. Mas prefiro sorrir sem motivo, do que chorar com razão.
O sol esteve escondido hoje. Não é verdade? Ou...será que esteve presente no céu, e apenas a minha vontade de não ir à janela arruinou a sua beleza? Agora resta-me apreciar a lua, bem alta, no céu bem negro. Para ver a noite, as minhas atenções despertaram. Pois talvez...isso...se deva ao facto de hoje o meu interior estar tão negro como isso mesmo: o céu à noite. Com pequenas diferenças. Pois nada dentro de mim contém pontinhos de luz inesperados e uma bola enorme de 'queijo' cintilante. É doentio. Quero falar, e nem forças tenho para abrir a boca e para puxar pela voz um pouco...rouca e desesperada. Quero levantar-me da cama, deixar o computador e sair. Sair porta fora, sem rumo. Consigo cantar. Daquelas músicas tão lamechinhas que nasceram para acompanhar o meu espírito nestes dias melancólicos! E as palavras que estão a oscilar nos meus ouvidos, neste preciso momento, são: «you are, the only exception (...)» e é impressionante como cinco palavras simples e uma vírgula são capazes de cativar tantos sentimentos que deveriam manter-se escondidos e bem fechados a sete chaves...é irritante. Eu deveria poder estalar os dedos e obter tudo pelo que estou a ansiar. E na verdade, consigo estalá-los. E a única coisa de 'paranormal' que consigo obter com tal atitude é o som que eles produzem ao 'debater-se'. Estou a sofrer de melancolia. Tenho sono. Os meus olhos estão pesados, e a minha boca teima em manifestar tal 'sentimento'. Eu resisto. Resisto à vontade que tenho de dormir, resisto ao chamamento da minha cama. E porquê? Porque sei que quando adormecer, vou sonhar. E prefiro nem descrever nenhum dos sonhos que geralmente tenho nas noites em que me encontro neste estado patéticamente...patético! Posso pedir um bom sonho para esta noite? Se não tenho paz enquanto estou acordada, pedia pelo menos 0,2% dela enquanto estou a dormir...sei que é outra coisa que não posso obter. Outro pedido sem resposta!
Tenho fome. E apetece-me...gelado de papaia (algo que nem sei se existe) com chocolate quente a fazer de cobertura, e para completar a sua maravilhosa decoração...um morango bem vermelhinho no topo! Outro grande problema da minha melancolia é que me suscita a vontade de atacar em tudo o que é comida. Sejam aperitivos, doces (...) mas bem, no meio de tanto, isso torna-se o menos.
Nunca mais vejo a chegada das férias! Desejo-as a todo o custo. Entro em desespero cada vez que penso que ainda tenho mais uns dias pela frente, em que terei de ver pessoas a sorrir, a pular, a gritar (...) a manifestar todo o tipo de emoções felizes, em todo o lado para onde olharei. Estou a precisar do meu espaço! E não de perguntar incomodativas sobre o facto do porquê de não sorrir, não gritar, não pular...não fazer as minhas típicas figuras patéticas (perdi a conta de quantas vezes mencionei palavras relacionadas com patétiçes neste texto). Hoje a minha mãe faz anos. Quero recebê-la bem, com um belo sorriso. E quero também poder ter forças para lhe dizer um: 'PARABÉNS!' bem feliz e forte. Penso que...estive a reunir todas as minhas forças do meu dia de hoje para esse momento. Quero que perto dela, tudo o que me incomoda hoje se desvaneça. Vou consegui-lo. Por ela, vou consegui-lo. E ela já chegou, pois ouço a sua voz do lado de fora da casa. E isso, fez com que os meus olhos deixassem de pesar, e a sensação de sono tenha passado a mil à hora por mim.
«never say never».