
E é nestes momentos, após saborear cada palavra com exaustão, que eu lamentavelmente admito que digo que não te amo, para me convencer de tal. Mas no fundo...no fundo...eu amo-te, Gabriel. Eu tenho saudades tuas...muitas. Eu lamento tudo isto. TUDO. Tu não mereces nada de nada, e eu tenho plena noção disso! Mas...a sério, a sério, A SÉRIO que eu te amo. Deixaste sim de ser a pessoa mais importante da minha vida, mas continuas a ser a pessoa que eu mais desejo. Eu já não tenho obrigatoriamente de te ter para sobreviver. Se calhar...nunca tive. Mas da mesma forma que sem ti nada é a mesma coisa, eu sei que contigo tudo seria diferente. Eu lamento que tu tenhas feito de todo aquele tempo, uma mera brincadeira absurda a passageira da adolescência a que tu não estás a corresponder da melhor forma. Mas acredita...não é toda essa tua imperfeição completamente visível que me faz deixar de te amar e de te querer, como em todos os passados dias da minha vida. Odeio o facto de seres lindo, e da tua pele me tentar a tocar-lhe a cada segundo que passa. Mas sabes o que odeio mais, no meio de tudo isto? Que tenhas mudado. Que tenhas mudado, para uma pessoa que eu nunca desejei conhecer. Eu não dava tudo, mas dava MUITO para que voltasses a ser como te conheci. Porque a forma como eras doce, simples e não tentado a cair na conversa de todo o mundo, fazia de ti a melhor pessoa que eu já conheci em toda a minha vida. Eu pedi-te...eu pedi-te para que não mudasses. Eu pedi-te para que nunca deixasses de ser quem eras. E...eu lembro-me perfeitamente da tua resposta, como se fosse hoje. Não cumpriste. Para variar, não cumpriste. Mas isso, eu perdoo. Perdoo porque sei que a nossa mudança, nós nunca podemos controlar. Mas não perdoo tudo o resto que tu me fizeste. Pois isso, tu poderias ter controlado nas inúmeras vezes em que foste tentado a fazer-me mal e a trair-me pelas costas. Isso, eu nunca te vou perdoar totalmente. Pois o perdão, existe para ser dado, e os erros para serem perdoados. Toda a gente erra, mas apenas nem todos os erros se perdoam.
Eu não vou continuar a esconder. E não vou voltar a escrever um texto dirijido a ti, sem colocar o teu nome. Portanto, a última coisa que te direi, claramente, será:
Tenho saudades de tudo o que eras. Eu amo-te, Gabriel.