(...) Existem sempre os pequenos (grandes) sítios que nos trazem a paz interior. A certa paz que pouca coisa nos trás. E todos esses sítios, nos dão vontade de voar. De voar mais alto do que aquilo que voamos. Pois a verdade é mesmo essa, a escrita faz-nos voar. Estou aqui sentada, na minha varanda, com o computador em cima das pernas, a olhar para o céu azul, a sentir a brisa amena deste belo dia. A sentir o cheirinho da colcha lavada da cama da minha mãe, que se encontra aqui mesmo, ao meu lado a secar. A ver todas as minúsculas casas que estão lá, bem longe, do "outro lado do mundo". A ver o Sol a pairar no ar, bem lá no cimo. E eu sempre com a sensação de querer tocá-lo, sem ter medo de me queimar com a energia que vem dele. O céu está limpo. Não contém uma única nuvem visível. Mas desejo poder estar sentada numa nuvem, um dia, a escrever um novo texto. E quem sabe não lhe dar uma trinca, que me saberá a algodão doce! Observo também o campo de milho da minha vizinha. Esse mesmo que ainda há pouco tempo, vi nele ser plantado o milho hoje já pronto a colher. Estou com os meus fones, a ouvir a mesma música que se encontra aqui, no blog. Ouço-a vezes sem conta, sem me cansar. Dessa forma não consigo ouvir o barulho do vento nas enormes árvores que percorrem a minha casa, mas consigo senti-lo nas minhas pernas e nos meus braços nús. Sinto um cheiro que paira no ar, um pouco desagradável, digamos mesmo. Aliás, consigo sentir derivados cheiros. Gasolina...talvez seja o cheiro mais incomodativo no meio de montes. Consigo observar excelentemente de minha casa a velha pré, que já não se encontra em funcionamento. Vendo-a tão perto de mim, vêm-me à cabeça todas as velhas memórias de quando o meu irmão a frequentava. Era eu que me levantada cedo todos os dias, que o ia lá levar, e por vezes, quando não era a minha mãe, ia também buscá-lo. Nessa altura era mais pequena, pois já me encontro neste cantinho à uns certos aninhos. E sempre desejei poder sair de casa pelo meu próprio pé, para ir levá-lo e buscá-lo, e ouvir os gritos ensurdecedores das crianças a gritarem, na sua forma de brincadeira. Penso que...se fosse hoje, sentiria-me muito aborrecida por fazer a mesma rotina de ter de ir buscá-lo e levá-lo todos os dias, mas teria de fazê-lo. Vivo aqui à uns certos aninhos, como já o mencionei mais acima, mas admito nunca ter passado, com o meu próprio pé, para mais abaixo do portão do meu vizinho, no fundo da rua. Não é que nunca o tenha desejado fazer, mas...nem sempre tenho direito a essa oportunidade. Até porque, nada que possa estar ali, me cativa muita curiosidade. Talvez os meus piores vizinhos estejam a partir daquele pedacinho de rua, para baixo. Mas uma razão pela qual, nunca quis descer mais do que aquele certo limite.
Sinceramente, não me lembro de quando foi a última vez que me sentei neste mesmo sítio a escrever. Já lá vai um tempo! Aqui a paz é outra. Pois o meu quarto, pode ser o meu refúgio, mas em lado nenhum ele tem a brisa fresca que aqui paira. E pergunto-me se será que o vento me inspira (?) Não obtenho resposta, mas também não é que anseie muito obtê-la, não é algo que me cative muita atenção. Consigo ver as formigas a passarem juntos dos meus pés, bem acentes no chão frio. E espero mesmo que com elas, não ande a passear nenhuma aranha, porque seria motivo para eu entrar em pânico, claramente! Vejo o ar a ficar com um pouco de...fumo. Uma fogueira, ou mais um dos muitos incêndios, talvez. Estou encostada aos meus gradeamentos verdes escuros, estes mesmo que percorrem (quase) toda a casa. Ainda bem que aqui estão, pois se não estivesse de 0 a 100 probabilidades de estar lá em baixo, estavam bem cientes as 97 hipóteses fixas. Conclusão estúpida, mas estou a escrever tudo o que me ocorre. E ainda não falei do carro azul que acabou de passar aqui mesmo, à minha porta, pela estrada a uma certa velocidade, digamos...não apropriada para uma estrada tão desajeitada e estreita como esta! Neste momento, estou muito atenta ao movimento das árvores. Quase não se mexem, mas a brisa que aqui corre, ainda dá presenças de aqui estar. E penso que esteja a aproximar-se a altura de o sol se esconder por de trás de...bem, nem sei bem donde. Acabei de ver um passarinho a voar. Como o invejo, meu Deus! Daria muito (não tudo), para poder voar, em momento algum. O céu transmite-me essa vontade. Aliás, direi até que ele me provoca para que experimente a sua excelente capacidade de sedução. E se uns podem voar, porque não podemos todos fazê-lo? Penso que já estivesse tudo planeado. Se já assim, aqui em baixo, com os pés bem pousadinhos na terra, muito se matam, fará de conseguissem voar! Neste momento imaginei como seria voar e atirar-me lá de cima, para um enorme colchão de ar que se encontra-se cá em baixo. E sorri. Sorri como se estivesse mesmo a vivê-lo. Tudo isto apenas me dá vontade disso mesmo: sorrir. Como poderia eu, não estar feliz, perante tal visão que percorre a minha varanda, e a minha vida? Não poderia. Continuo a sorrir, e com a esperança de um dia tocar o Sol sem me queimar, de voar, e de ter oportunidade de passar as férias de Verão alojada num Hotel de cinco estrelas na Lua.
Sonhos de uma vida diferente e invulgar.

(...) Existem sempre os pequenos (grandes) sítios que nos trazem a paz interior. A certa paz que pouca coisa nos trás. E todos esses sítios, nos dão vontade de voar. De voar mais alto do que aquilo que voamos. Pois a verdade é mesmo essa, a escrita faz-nos voar. Estou aqui sentada, na minha varanda, com o computador em cima das pernas, a olhar para o céu azul, a sentir a brisa amena deste belo dia. A sentir o cheirinho da colcha lavada da cama da minha mãe, que se encontra aqui mesmo, ao meu lado a secar. A ver todas as minúsculas casas que estão lá, bem longe, do "outro lado do mundo". A ver o Sol a pairar no ar, bem lá no cimo. E eu sempre com a sensação de querer tocá-lo, sem ter medo de me queimar com a energia que vem dele. O céu está limpo. Não contém uma única nuvem visível. Mas desejo poder estar sentada numa nuvem, um dia, a escrever um novo texto. E quem sabe não lhe dar uma trinca, que me saberá a algodão doce! Observo também o campo de milho da minha vizinha. Esse mesmo que ainda há pouco tempo, vi nele ser plantado o milho hoje já pronto a colher. Estou com os meus fones, a ouvir a mesma música que se encontra aqui, no blog. Ouço-a vezes sem conta, sem me cansar. Dessa forma não consigo ouvir o barulho do vento nas enormes árvores que percorrem a minha casa, mas consigo senti-lo nas minhas pernas e nos meus braços nús. Sinto um cheiro que paira no ar, um pouco desagradável, digamos mesmo. Aliás, consigo sentir derivados cheiros. Gasolina...talvez seja o cheiro mais incomodativo no meio de montes. Consigo observar excelentemente de minha casa a velha pré, que já não se encontra em funcionamento. Vendo-a tão perto de mim, vêm-me à cabeça todas as velhas memórias de quando o meu irmão a frequentava. Era eu que me levantada cedo todos os dias, que o ia lá levar, e por vezes, quando não era a minha mãe, ia também buscá-lo. Nessa altura era mais pequena, pois já me encontro neste cantinho à uns certos aninhos. E sempre desejei poder sair de casa pelo meu próprio pé, para ir levá-lo e buscá-lo, e ouvir os gritos ensurdecedores das crianças a gritarem, na sua forma de brincadeira. Penso que...se fosse hoje, sentiria-me muito aborrecida por fazer a mesma rotina de ter de ir buscá-lo e levá-lo todos os dias, mas teria de fazê-lo. Vivo aqui à uns certos aninhos, como já o mencionei mais acima, mas admito nunca ter passado, com o meu próprio pé, para mais abaixo do portão do meu vizinho, no fundo da rua. Não é que nunca o tenha desejado fazer, mas...nem sempre tenho direito a essa oportunidade. Até porque, nada que possa estar ali, me cativa muita curiosidade. Talvez os meus piores vizinhos estejam a partir daquele pedacinho de rua, para baixo. Mas uma razão pela qual, nunca quis descer mais do que aquele certo limite.
Sinceramente, não me lembro de quando foi a última vez que me sentei neste mesmo sítio a escrever. Já lá vai um tempo! Aqui a paz é outra. Pois o meu quarto, pode ser o meu refúgio, mas em lado nenhum ele tem a brisa fresca que aqui paira. E pergunto-me se será que o vento me inspira (?) Não obtenho resposta, mas também não é que anseie muito obtê-la, não é algo que me cative muita atenção. Consigo ver as formigas a passarem juntos dos meus pés, bem acentes no chão frio. E espero mesmo que com elas, não ande a passear nenhuma aranha, porque seria motivo para eu entrar em pânico, claramente! Vejo o ar a ficar com um pouco de...fumo. Uma fogueira, ou mais um dos muitos incêndios, talvez. Estou encostada aos meus gradeamentos verdes escuros, estes mesmo que percorrem (quase) toda a casa. Ainda bem que aqui estão, pois se não estivesse de 0 a 100 probabilidades de estar lá em baixo, estavam bem cientes as 97 hipóteses fixas. Conclusão estúpida, mas estou a escrever tudo o que me ocorre. E ainda não falei do carro azul que acabou de passar aqui mesmo, à minha porta, pela estrada a uma certa velocidade, digamos...não apropriada para uma estrada tão desajeitada e estreita como esta! Neste momento, estou muito atenta ao movimento das árvores. Quase não se mexem, mas a brisa que aqui corre, ainda dá presenças de aqui estar. E penso que esteja a aproximar-se a altura de o sol se esconder por de trás de...bem, nem sei bem donde. Acabei de ver um passarinho a voar. Como o invejo, meu Deus! Daria muito (não tudo), para poder voar, em momento algum. O céu transmite-me essa vontade. Aliás, direi até que ele me provoca para que experimente a sua excelente capacidade de sedução. E se uns podem voar, porque não podemos todos fazê-lo? Penso que já estivesse tudo planeado. Se já assim, aqui em baixo, com os pés bem pousadinhos na terra, muito se matam, fará de conseguissem voar! Neste momento imaginei como seria voar e atirar-me lá de cima, para um enorme colchão de ar que se encontra-se cá em baixo. E sorri. Sorri como se estivesse mesmo a vivê-lo. Tudo isto apenas me dá vontade disso mesmo: sorrir. Como poderia eu, não estar feliz, perante tal visão que percorre a minha varanda, e a minha vida? Não poderia. Continuo a sorrir, e com a esperança de um dia tocar o Sol sem me queimar, de voar, e de ter oportunidade de passar as férias de Verão alojada num Hotel de cinco estrelas na Lua.
Sonhos de uma vida diferente e invulgar.