Apenas...mais uma história.

(...) Estão juntos há tempo tempo...mas neste momento, ela sente como se o tempo fosse escasso e a presença dele se tivesse refugiado num sítio que ela nunca poderá alcançar, por muito que tente. Ela vê uma miragem. Como se...ele estivesse diante de si, abrindo-lhe os braços e expondo-lhe a esperança de um dia melhor. Ela perdeu a esperança. Além de se sentir vazia, deixou também de acreditar que algum dia o laço entre eles viesse a fortalecer. Uma relação não estável pode relativamente equivaler a um melhoramento da relação, por muito que seja em mínimos pormenores. Mas...ali...entre eles...já nada a fazia acreditar nesse mero (ou não) facto. Porém...ela continuava a amá-lo. E a frustração aumentava ao perceber isso. Pois em determinados momentos, ela apenas pedia para que tudo aquilo se desvanecesse e desaparecesse de forma rápida e solene, da mesma forma que apareceu e se apoderou da vida dela. No estanto...ela estava ciente que...por muito que o amanhã seja incerto, um sentimento assim nunca se desvaneceria de um dia para o outro. Por aumentar a percepção de tal ideia, o seu estado agravou-se. Deixou de dormir, de comer...apenas se sentia frustrada, triste e...vazia. Vazia como o vento: que se faz sentir, mas que ninguém vê. Enquanto deveria estar a dormir, os seus olhos estavam fixados na fotografia dele que estava no visor do seu telemóvel que ela anseia a todos os segundos que toque, nem que seja para...revelar um simples olá, ou até uma mensagem em branco. Pois ela sabia que se dali surgisse uma mera mensagem em branco, mais para além disso viria. Mas não. Simplesmente nada. Por um lado...ela já sentia ter-se habituado a isso, como se tudo já fizesse parte da sua rotina. Mas...algo a fez perceber que a suposta habituação a tais atitudes, não existe. O que pode ela fazer para além de chorar desesperadamente? Por muitas palavras de apoio que ela receberá, ou que...meramente já recebeu, apenas ele a pode fazer orgulhar-se de si própria por mais uma vez, no meio de tantas outras, ter conseguido superar mais uma passagem doentia da sua história. Ela apenas queria avançar mais um capítulo. Com a expectativa, claro, de esse ser melhor do que o anterior que, infelizmente, ainda vive. Aí está...as suas expectativas. Elas estão sempre presentes, fazendo crescer nela um estado de irritação. Era obviamente outra coisa que ela mudaria em si, há primeira oportunidade que lhe seria fornecida! Mas não...as mudanças não vêm assim...de um dia para o outro, num abrir e fechar de olhos, num estalar de dedos. Frustração. É apenas um estado que se farta de repetir para si própria. Mas bem...para quê mentir? Para quê dizer que não se sente assim, quando na verdade os seus olhos revelam o contrário? O brilho solene do olhar nunca engana. E talvez...se ele lhe proporcionasse a oportunidade de a deixar olhar para o fundo dos seus olhos, ela entenderia melhor o que dentro dele vai. Uma oportunidade. É tudo o que ela mais pede. Sabendo, exactamente, que no fundo, é ele quem tem de a pedir, e não ela. A verdade é que...ela não tem obrigação de se sujeitar a tudo isto. A viver medíocramente para...o agradar. Mas...ela ama-o. Tanto, que acabou por se deixar afogar em ilusões precoces...mais uma vez. Foi um erro. Foi tudo um erro. Em tempos...ela prometeu a si própria nunca mais se apaixonar. Dizia que: "a lição está aprendida de tal forma, que nunca mais volto a iludir-me com palavras, ou sem elas. Mais nenhum olhar brilhante, um sorriso escaldante e uma alma vísivel me vai iludir. Aconteça o que acontecer." e no entanto...está agora assim. Desesperada por abrir uma nova porta, ou...simplesmente por encontrar uma janela pronta para ser aberta a escassos mílimetros. Ela sabe...sabe que até poderia estar no centro de uma instalação eléctrica ou...numa feira de candeeiros acessos, pois ela sentiria sempre o normal: o escuro. Não é o exterior que muda a sua rotina e a faz viver. É o interior obscuro que a vai levando. A sua última frase foi somente: "o sorriso que trago, não é a vida que levo".

(inventado)

Apenas...mais uma história.

(...) Estão juntos há tempo tempo...mas neste momento, ela sente como se o tempo fosse escasso e a presença dele se tivesse refugiado num sítio que ela nunca poderá alcançar, por muito que tente. Ela vê uma miragem. Como se...ele estivesse diante de si, abrindo-lhe os braços e expondo-lhe a esperança de um dia melhor. Ela perdeu a esperança. Além de se sentir vazia, deixou também de acreditar que algum dia o laço entre eles viesse a fortalecer. Uma relação não estável pode relativamente equivaler a um melhoramento da relação, por muito que seja em mínimos pormenores. Mas...ali...entre eles...já nada a fazia acreditar nesse mero (ou não) facto. Porém...ela continuava a amá-lo. E a frustração aumentava ao perceber isso. Pois em determinados momentos, ela apenas pedia para que tudo aquilo se desvanecesse e desaparecesse de forma rápida e solene, da mesma forma que apareceu e se apoderou da vida dela. No estanto...ela estava ciente que...por muito que o amanhã seja incerto, um sentimento assim nunca se desvaneceria de um dia para o outro. Por aumentar a percepção de tal ideia, o seu estado agravou-se. Deixou de dormir, de comer...apenas se sentia frustrada, triste e...vazia. Vazia como o vento: que se faz sentir, mas que ninguém vê. Enquanto deveria estar a dormir, os seus olhos estavam fixados na fotografia dele que estava no visor do seu telemóvel que ela anseia a todos os segundos que toque, nem que seja para...revelar um simples olá, ou até uma mensagem em branco. Pois ela sabia que se dali surgisse uma mera mensagem em branco, mais para além disso viria. Mas não. Simplesmente nada. Por um lado...ela já sentia ter-se habituado a isso, como se tudo já fizesse parte da sua rotina. Mas...algo a fez perceber que a suposta habituação a tais atitudes, não existe. O que pode ela fazer para além de chorar desesperadamente? Por muitas palavras de apoio que ela receberá, ou que...meramente já recebeu, apenas ele a pode fazer orgulhar-se de si própria por mais uma vez, no meio de tantas outras, ter conseguido superar mais uma passagem doentia da sua história. Ela apenas queria avançar mais um capítulo. Com a expectativa, claro, de esse ser melhor do que o anterior que, infelizmente, ainda vive. Aí está...as suas expectativas. Elas estão sempre presentes, fazendo crescer nela um estado de irritação. Era obviamente outra coisa que ela mudaria em si, há primeira oportunidade que lhe seria fornecida! Mas não...as mudanças não vêm assim...de um dia para o outro, num abrir e fechar de olhos, num estalar de dedos. Frustração. É apenas um estado que se farta de repetir para si própria. Mas bem...para quê mentir? Para quê dizer que não se sente assim, quando na verdade os seus olhos revelam o contrário? O brilho solene do olhar nunca engana. E talvez...se ele lhe proporcionasse a oportunidade de a deixar olhar para o fundo dos seus olhos, ela entenderia melhor o que dentro dele vai. Uma oportunidade. É tudo o que ela mais pede. Sabendo, exactamente, que no fundo, é ele quem tem de a pedir, e não ela. A verdade é que...ela não tem obrigação de se sujeitar a tudo isto. A viver medíocramente para...o agradar. Mas...ela ama-o. Tanto, que acabou por se deixar afogar em ilusões precoces...mais uma vez. Foi um erro. Foi tudo um erro. Em tempos...ela prometeu a si própria nunca mais se apaixonar. Dizia que: "a lição está aprendida de tal forma, que nunca mais volto a iludir-me com palavras, ou sem elas. Mais nenhum olhar brilhante, um sorriso escaldante e uma alma vísivel me vai iludir. Aconteça o que acontecer." e no entanto...está agora assim. Desesperada por abrir uma nova porta, ou...simplesmente por encontrar uma janela pronta para ser aberta a escassos mílimetros. Ela sabe...sabe que até poderia estar no centro de uma instalação eléctrica ou...numa feira de candeeiros acessos, pois ela sentiria sempre o normal: o escuro. Não é o exterior que muda a sua rotina e a faz viver. É o interior obscuro que a vai levando. A sua última frase foi somente: "o sorriso que trago, não é a vida que levo".

(inventado)