*3

Enquanto o vento sopra lá fora, as janelas permanecem fechadas. As pessoas na rua movimentam-se rapidamente, sem nunca pararem um único segundo para descansar. Eu apenas me limito a vê-las, como se...fossem meros pontinhos num mar enorme de algo que eu nunca conseguirei definir.
É hora de me levantar da cama. Sinceramente, não sei se sinto mais tédio por ter de ir dormir e saber que especificamente a minha noite vai ser passada em branco, ou se...o tédio é ainda maior quando sei que vou ter de me levantar da cama e arcar com as consequências de mais um dia em cheio, sobre o qual...as minhas expectativas não são totalmente boas. Abri a janela, não tendo vontade de o fazer. O sol ofuscou-me os olhos ainda habituados ao escuro que eu passei a amar, e a minha vontade foi imediatamente fechar a janela e voltar a deitar-me cobrindo-me com os cobertores até ao pescoço e ali ficar, o resto de todos os meus dias que eu já nem sei controlar da melhor forma, ou pelo menos...razoavelmente. Mas não pude fazer. Senti claro, a normal sensação de "nunca posso fazer nada", por muito que até seja para o meu melhor. Vesti a roupa mais desajeitada que tinha no guarda-vestidos, provavelmente a primeira que me apareceu, e assim comecei o meu HORRÍVEL dia que eu nunca mais via por terminado. Não tomei o pequeno almoço, limitei-me a lavar os dentes. Fiquei a olhar para todas as paredes da minha sala, que eu acabei por saber de cor e salteado, como se...elas fizessem agora parte de mim. O computador acabou tornando-se no meu melhor amigo, pois no meio de tantas funcionalidades, oferece-me pelo menos um passatempo que faça passar o tempo árduo solenemente mais rapidamente. Era então hora do almoço. Que tédio total! Eu não quis almoçar, como em tantas outras vezes. E sei perfeitamente que se a minha mãe estivesse em casa, eu seria obrigada a fazê-lo, mas aproveitei o facto de ela não estar (INFELIZMENTE) e não almocei. Cheguei à mais estúpida das conclusões: sem almoçar, ou a almoçar, és sempre tu que me invades o pensamento, até no mínimo pormenor de todos! Odeio isto. Acabei por perceber que faço das saudades que tenho tuas, o mantimento do meu pequeno-almoço, almoço, lanche e até do jantar. Sinceramente...amo todas as noites que não durmo por ti! Apenas nunca me perguntes o porquê...talvez...por saber que é mais uma das tantas provas de que te amo como a mais nada. Só queria...não dormir por ti, pelos melhores motivos. O que não é relativamente importante agora. Amo-te. Por muito que o amanhã seja incerto, as expectativas contrárias, as esperanças perdidas, os sonhos embalados em meros caixotes...isso é algo que nunca mudará. Percebes...o quanto...te...amo? Consegues...perceber isso? Acabei por fazer de ti o meu Deus, o que não é politicamente correcto para muitos, mas e daí? Pouco me importa o que todos pensam. Sou eu quem sinto, sou eu quem amo! E sei que é forte o suficiente para eu ser capaz de superar os comentários que eu considero um mero à parte. É apenas por isso que eu nunca tolero tudo o que dizem de ti. Eu...sinto...conhecer-te bem. Muito bem, como ninguém. Mas será isso o suficiente para que eu enfrente tudo e todos? Não me sinto capaz de o fazer, nem tenho esse direito. É precoce. A minha vontade é abrir a janela e gritar ao mundo que o sentimento é recíproco! Mas eu sei...eu sei que...escusado será dizer que eu sei.

É impressionante a capacidade que eu tenho para mudar de tema e associar tudo e mais alguma coisa a ti. Comecei por falar do vento e das pessoas, e estou neste preciso momento a falar de ti, como em tantas outras vezes...é sempre assim. Como se fosses todas as letras, todas as palavras, todas as frases que encaixarão na perfeição em tudo o que tento escrever de forma razoável e simples. És o meu vento, o meu mar, a minha água, o meu oxigénio...o tudo. O tudo do simples tudo.

És sempre tu. Sempre foste. Sempre o és. Sempre o serás.

Sempre.

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Enquanto o vento sopra lá fora, as janelas permanecem fechadas. As pessoas na rua movimentam-se rapidamente, sem nunca pararem um único segundo para descansar. Eu apenas me limito a vê-las, como se...fossem meros pontinhos num mar enorme de algo que eu nunca conseguirei definir.
É hora de me levantar da cama. Sinceramente, não sei se sinto mais tédio por ter de ir dormir e saber que especificamente a minha noite vai ser passada em branco, ou se...o tédio é ainda maior quando sei que vou ter de me levantar da cama e arcar com as consequências de mais um dia em cheio, sobre o qual...as minhas expectativas não são totalmente boas. Abri a janela, não tendo vontade de o fazer. O sol ofuscou-me os olhos ainda habituados ao escuro que eu passei a amar, e a minha vontade foi imediatamente fechar a janela e voltar a deitar-me cobrindo-me com os cobertores até ao pescoço e ali ficar, o resto de todos os meus dias que eu já nem sei controlar da melhor forma, ou pelo menos...razoavelmente. Mas não pude fazer. Senti claro, a normal sensação de "nunca posso fazer nada", por muito que até seja para o meu melhor. Vesti a roupa mais desajeitada que tinha no guarda-vestidos, provavelmente a primeira que me apareceu, e assim comecei o meu HORRÍVEL dia que eu nunca mais via por terminado. Não tomei o pequeno almoço, limitei-me a lavar os dentes. Fiquei a olhar para todas as paredes da minha sala, que eu acabei por saber de cor e salteado, como se...elas fizessem agora parte de mim. O computador acabou tornando-se no meu melhor amigo, pois no meio de tantas funcionalidades, oferece-me pelo menos um passatempo que faça passar o tempo árduo solenemente mais rapidamente. Era então hora do almoço. Que tédio total! Eu não quis almoçar, como em tantas outras vezes. E sei perfeitamente que se a minha mãe estivesse em casa, eu seria obrigada a fazê-lo, mas aproveitei o facto de ela não estar (INFELIZMENTE) e não almocei. Cheguei à mais estúpida das conclusões: sem almoçar, ou a almoçar, és sempre tu que me invades o pensamento, até no mínimo pormenor de todos! Odeio isto. Acabei por perceber que faço das saudades que tenho tuas, o mantimento do meu pequeno-almoço, almoço, lanche e até do jantar. Sinceramente...amo todas as noites que não durmo por ti! Apenas nunca me perguntes o porquê...talvez...por saber que é mais uma das tantas provas de que te amo como a mais nada. Só queria...não dormir por ti, pelos melhores motivos. O que não é relativamente importante agora. Amo-te. Por muito que o amanhã seja incerto, as expectativas contrárias, as esperanças perdidas, os sonhos embalados em meros caixotes...isso é algo que nunca mudará. Percebes...o quanto...te...amo? Consegues...perceber isso? Acabei por fazer de ti o meu Deus, o que não é politicamente correcto para muitos, mas e daí? Pouco me importa o que todos pensam. Sou eu quem sinto, sou eu quem amo! E sei que é forte o suficiente para eu ser capaz de superar os comentários que eu considero um mero à parte. É apenas por isso que eu nunca tolero tudo o que dizem de ti. Eu...sinto...conhecer-te bem. Muito bem, como ninguém. Mas será isso o suficiente para que eu enfrente tudo e todos? Não me sinto capaz de o fazer, nem tenho esse direito. É precoce. A minha vontade é abrir a janela e gritar ao mundo que o sentimento é recíproco! Mas eu sei...eu sei que...escusado será dizer que eu sei.

É impressionante a capacidade que eu tenho para mudar de tema e associar tudo e mais alguma coisa a ti. Comecei por falar do vento e das pessoas, e estou neste preciso momento a falar de ti, como em tantas outras vezes...é sempre assim. Como se fosses todas as letras, todas as palavras, todas as frases que encaixarão na perfeição em tudo o que tento escrever de forma razoável e simples. És o meu vento, o meu mar, a minha água, o meu oxigénio...o tudo. O tudo do simples tudo.

És sempre tu. Sempre foste. Sempre o és. Sempre o serás.

Sempre.