Memórias (nunca) esquecidas.

O tempo muda tudo, apesar de nem sempre curar as mágoas. Muda a forma física, muda a voz, muda a forma de pensar...muda o interior, muda o exterior, muda o eu, muda o tu, muda o nós, o vós, o eles. Simplesmente muda.
Muda os passos pequenos e transforma-os em passos grandes, muda sorrisos falsos e torna-os verdadeiros...muda o gostar e torna-o em amar. Muda o tudo que poucos conhecem, muda o que muitos não querem mudar. Mas...as memórias...permanecem sempre iguais. Por muito que o tempo corra de forma desesperante e incondicional, por muito que o tempo queira acelarar a sua rota, por muito que o tempo mude o seu destino. Elas nunca mudam. Prendem-se ao espaço vazio reservado à sua presença na nossa mente, e permanecem ali. Desde o dia em que são criadas, até...sempre. As memórias são a devida prova que o sempre ainda existe para algumas coisas (e não só). Defendem o facto de que nem sempre morremos sozinhos. Pois podemos até nem ter uma presença física por perto, alguém que nos aconchegue e retire do nosso corpo a sensação gélida que provavelmente a temperatura trará, mas as memórias acompanham cada passo nosso e por vezes até lhes mudam o rumo, nunca abandonando o lugar portador na nossa mente. A verdade é que...são todas uma concentração de pensamentos que nos marcaram mais do que o esperado e por vezes até mais do que o desejado. A vontade consumidora que nos alcança é muitas vezes apagá-las, como se tudo em nós fosse uma mera folha branca escrita à lápis, e nós possuíssemos a borracha estupenda que as apagaria de forma ainda mais rápida do que se criaram. Mas não...nada de borrachas, de lápis, de folhas brancas...são como pedras que nunca se modificam e apenas mudam de sítio. A transparência nunca se apodera delas, e a velhice não traz o seu desaparecimento. Nem todas são boas, e nem todas desejamos recordar todas as vezes que o nosso sorriso ateime em manter-se escondido. Mas...o passado tem as suas consequências.
Dizer: "esquece, é passado" não apaga nada do que ele (o passado) marcou. A melhor maneira de superar as barreiras altas colocadas sobre o caminho a ser percorrido nunca é fugir a tudo o que nos atormenta! Mas sim encarar os medos de forma clara e persistente, sem temer qualquer tipo de desentendimento que algo nos possa vir a trazer. A alma é portadora de tudo e mais alguma coisa. E sinceramente...não consigo definir o lugar certo das memórias. Talvez elas sejam apenas como as células: tenham lugar em todo o corpo e nunca nos abandonem. A segunda parte da minha "teoria" está certa e devidamente comprovada: elas nunca nos abandonam, por muito que o desejemos. Mas...em relação ao lugar onde todas elas se encontram...só peço que se lembrem que a cabeça não é propriamente a torre de comando de todo o nosso ser, apesar de conter a sua grande porção de importância.
Se o arrependimento mata-se, hoje eu estaria morta por algum dia da minha vida ter aberto portas a quem nunca o mereceu.
Se as boas decisões enriquecessem, eu estaria bilionária por optado pelo caminho que hoje sigo.
Nunca triunfei, não triunfo e nunca triunfarei, mas orgulho-me por todas as deciões que já tomei.
Estou rendida a isso.

Memórias (nunca) esquecidas.

O tempo muda tudo, apesar de nem sempre curar as mágoas. Muda a forma física, muda a voz, muda a forma de pensar...muda o interior, muda o exterior, muda o eu, muda o tu, muda o nós, o vós, o eles. Simplesmente muda.
Muda os passos pequenos e transforma-os em passos grandes, muda sorrisos falsos e torna-os verdadeiros...muda o gostar e torna-o em amar. Muda o tudo que poucos conhecem, muda o que muitos não querem mudar. Mas...as memórias...permanecem sempre iguais. Por muito que o tempo corra de forma desesperante e incondicional, por muito que o tempo queira acelarar a sua rota, por muito que o tempo mude o seu destino. Elas nunca mudam. Prendem-se ao espaço vazio reservado à sua presença na nossa mente, e permanecem ali. Desde o dia em que são criadas, até...sempre. As memórias são a devida prova que o sempre ainda existe para algumas coisas (e não só). Defendem o facto de que nem sempre morremos sozinhos. Pois podemos até nem ter uma presença física por perto, alguém que nos aconchegue e retire do nosso corpo a sensação gélida que provavelmente a temperatura trará, mas as memórias acompanham cada passo nosso e por vezes até lhes mudam o rumo, nunca abandonando o lugar portador na nossa mente. A verdade é que...são todas uma concentração de pensamentos que nos marcaram mais do que o esperado e por vezes até mais do que o desejado. A vontade consumidora que nos alcança é muitas vezes apagá-las, como se tudo em nós fosse uma mera folha branca escrita à lápis, e nós possuíssemos a borracha estupenda que as apagaria de forma ainda mais rápida do que se criaram. Mas não...nada de borrachas, de lápis, de folhas brancas...são como pedras que nunca se modificam e apenas mudam de sítio. A transparência nunca se apodera delas, e a velhice não traz o seu desaparecimento. Nem todas são boas, e nem todas desejamos recordar todas as vezes que o nosso sorriso ateime em manter-se escondido. Mas...o passado tem as suas consequências.
Dizer: "esquece, é passado" não apaga nada do que ele (o passado) marcou. A melhor maneira de superar as barreiras altas colocadas sobre o caminho a ser percorrido nunca é fugir a tudo o que nos atormenta! Mas sim encarar os medos de forma clara e persistente, sem temer qualquer tipo de desentendimento que algo nos possa vir a trazer. A alma é portadora de tudo e mais alguma coisa. E sinceramente...não consigo definir o lugar certo das memórias. Talvez elas sejam apenas como as células: tenham lugar em todo o corpo e nunca nos abandonem. A segunda parte da minha "teoria" está certa e devidamente comprovada: elas nunca nos abandonam, por muito que o desejemos. Mas...em relação ao lugar onde todas elas se encontram...só peço que se lembrem que a cabeça não é propriamente a torre de comando de todo o nosso ser, apesar de conter a sua grande porção de importância.
Se o arrependimento mata-se, hoje eu estaria morta por algum dia da minha vida ter aberto portas a quem nunca o mereceu.
Se as boas decisões enriquecessem, eu estaria bilionária por optado pelo caminho que hoje sigo.
Nunca triunfei, não triunfo e nunca triunfarei, mas orgulho-me por todas as deciões que já tomei.
Estou rendida a isso.