Já nem me lembro como se escreve. Afinal...dito o que sinto, ou dito o que me vai na cabeça? Inúmeros registos me perseguem. Eu sempre os deixei ficar para trás, enquanto seguia em frente. Devo eu trazê-los comigo? Podem ser registos importantes...e...caso o sejam, estou a perder uma grande parte de informação. Mas...certos registos, entram em mim, prendem-se, e dali não saem mais. Aliás, não há forma de eu tentar sequer chegar até eles. Estão longe do alcance das minhas mãos, ou de algo que os possa puxar para fora do meu interior. Se a vontade deles é permanecer ali...que ali fiquem. Não os impeço! Desde que...não me tragam problemas. E os registos, trazem efectivamente certos e determinados problemas.
Registei certas coisas, não tenho de revelá-las, pois chega dizer que elas ficam registadas por si mesmas. Ainda bem que as registei, pois neste momento, não seria nada sem todos aqueles registos. Chamarei àquilo registos, ou memórias fixas de um determinado assunto? Está tudo interligado. Mas...quando por vezes tento repetir todos esses registos, pelo menos...de uma certa forma parecida, nada pode fazer voltar tudo a repetir-se. E aí, perco-me. Perco-me...não sei bem aonde. Só sei que fico perdida e bem perdida. Existem os certos sítios longe, mas existem aqueles que poucos conhecem: os sítios mais longe do que o próprio longe, sítios que não têm nome. Eu vou para lá sempre que me perco no meio de montes de registos que desejava voltar a repetir. E então, uma vez, temos uma certa oportunidade e...pelo menos alguns dos registos se voltam a repetir! Sentimo-nos capazes de mais, de ir ainda mais além. Sentimo-nos nós de novo, sentimos que recuperámos o perdido, sentimos que somos o vento, a água, a luz, a chuva, o Sol, a Lua...sentimos que somos o poder máximo de todos esses. E depois, quando todos esses registos para mim conhecidos como temporários, se vão (por isso mesmo temporários), volta a ruína. E uma ruína ainda pior do que a própria ruína. Nesses momentos, passamos a conhecer o verdadeiro fundo do fundo. Porque nem sempre que dizemos que estamos no fundo de um buraco, nos encontramos nele. Chama-se a essa ruína, e a sensação de estar realmente no fundo, de...ilusões. Ilusões precoces. É uma doença. Uma droga. Um pouco...insólita. A verdadeira razão pela qual depositamos tantas ilusões em torno de um registo que por fim se volta a repetir, não tem explicação. Apenas existem porque...têm de existir. As ilusões fazem parte do esquema bem planeado de quem criou a vida, quem o quer seguir, tem obrigatoriamente de passar por elas. Vivemos as ilusões, estamos dentro delas, e automaticamente somos auto-projectados do seu interior, de um momento para o outro, sem que ninguém nos dê uma única explicação mínima do seu porquê. Em torno disso gira a sua porção de injustiça, é verdade, mas contra isso, ninguém pode fazer nada. Nem contra isso, nem contras as ilusões e os registos que se apoderam de nós. A força deles é superior. E auto-junta-se aos nossos laços sentimentais interiores e...estamos rendidos. Rendidíssimos diria até. Nós próprios nos rendemos, nós próprios deixamos que eles se apoderem de nós. Pois sofremos, e voltamos a sofrer, mas sempre deixamos que as ilusões nos tomem o poder do olhar e o poder do coração que bate sem dar oportunidade de pausa.


Já nem me lembro como se escreve. Afinal...dito o que sinto, ou dito o que me vai na cabeça? Inúmeros registos me perseguem. Eu sempre os deixei ficar para trás, enquanto seguia em frente. Devo eu trazê-los comigo? Podem ser registos importantes...e...caso o sejam, estou a perder uma grande parte de informação. Mas...certos registos, entram em mim, prendem-se, e dali não saem mais. Aliás, não há forma de eu tentar sequer chegar até eles. Estão longe do alcance das minhas mãos, ou de algo que os possa puxar para fora do meu interior. Se a vontade deles é permanecer ali...que ali fiquem. Não os impeço! Desde que...não me tragam problemas. E os registos, trazem efectivamente certos e determinados problemas.
Registei certas coisas, não tenho de revelá-las, pois chega dizer que elas ficam registadas por si mesmas. Ainda bem que as registei, pois neste momento, não seria nada sem todos aqueles registos. Chamarei àquilo registos, ou memórias fixas de um determinado assunto? Está tudo interligado. Mas...quando por vezes tento repetir todos esses registos, pelo menos...de uma certa forma parecida, nada pode fazer voltar tudo a repetir-se. E aí, perco-me. Perco-me...não sei bem aonde. Só sei que fico perdida e bem perdida. Existem os certos sítios longe, mas existem aqueles que poucos conhecem: os sítios mais longe do que o próprio longe, sítios que não têm nome. Eu vou para lá sempre que me perco no meio de montes de registos que desejava voltar a repetir. E então, uma vez, temos uma certa oportunidade e...pelo menos alguns dos registos se voltam a repetir! Sentimo-nos capazes de mais, de ir ainda mais além. Sentimo-nos nós de novo, sentimos que recuperámos o perdido, sentimos que somos o vento, a água, a luz, a chuva, o Sol, a Lua...sentimos que somos o poder máximo de todos esses. E depois, quando todos esses registos para mim conhecidos como temporários, se vão (por isso mesmo temporários), volta a ruína. E uma ruína ainda pior do que a própria ruína. Nesses momentos, passamos a conhecer o verdadeiro fundo do fundo. Porque nem sempre que dizemos que estamos no fundo de um buraco, nos encontramos nele. Chama-se a essa ruína, e a sensação de estar realmente no fundo, de...ilusões. Ilusões precoces. É uma doença. Uma droga. Um pouco...insólita. A verdadeira razão pela qual depositamos tantas ilusões em torno de um registo que por fim se volta a repetir, não tem explicação. Apenas existem porque...têm de existir. As ilusões fazem parte do esquema bem planeado de quem criou a vida, quem o quer seguir, tem obrigatoriamente de passar por elas. Vivemos as ilusões, estamos dentro delas, e automaticamente somos auto-projectados do seu interior, de um momento para o outro, sem que ninguém nos dê uma única explicação mínima do seu porquê. Em torno disso gira a sua porção de injustiça, é verdade, mas contra isso, ninguém pode fazer nada. Nem contra isso, nem contras as ilusões e os registos que se apoderam de nós. A força deles é superior. E auto-junta-se aos nossos laços sentimentais interiores e...estamos rendidos. Rendidíssimos diria até. Nós próprios nos rendemos, nós próprios deixamos que eles se apoderem de nós. Pois sofremos, e voltamos a sofrer, mas sempre deixamos que as ilusões nos tomem o poder do olhar e o poder do coração que bate sem dar oportunidade de pausa.