Rolly Coaster.


As necessidades mais estúpidas e alcançáveis para alguns, são o prémio de vencimento de uma árdua batalha para muitos.
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Nunca pedi demais. Nunca exigi mais do que aquilo que mereço, nunca lutei por uma ambição que apenas me traria a ruína...nunca fui "demais", mas também nunca fui "de menos". A verdade é que sempre que a minha convicção de luta foi maior, os pertences que recebi foram sempre os menores; tantas vezes me convenci que com mais luta, menos eu obteria...pois a vida provas assim me deu. Mas hoje, hoje eu penso o contrário. E talvez a única conclusão a que chegue seja a forma como me apliquei em lutar pelo que sempre fiz...talvez...naquela altura a minha convicção e dedicação não fossem como são hoje. E...talvez...eu não ansiasse tanto pelo que lutava, não desejasse tudo aquilo como desejo certas e determinadas coisas hoje. Mas tudo me faz crer que hoje eu luto demais por coisas que talvez nem mereçam o meu esforço a 100%...não consigo explicá-lo sem colocar nomes, e isso eu não vou de todo fazer.
Eu sei pelo que tenho de lutar! Sempre soube no que aplicar todo o meu esforço, toda a minha dedicação...fazê-la funcionar a 100%! Mas apesar de o saber, nem sempre o pus em prática. Eu não quero mudar, não pretendo fazê-lo. Se bem que...eu tenho perfeita noção que todas as mudanças que ainda terei de atravessar não se "apresentaram" na minha vida e criarão o meu "novo ser" quando a minha vontade for essa. Apesar de não querer mudar em nada, espero pelas mudanças. O que me resta fazer para além disso? Tentar adivinhar como serão todas elas? Ou...como será ELA (sendo simplesmente uma mudança)?! Isso não me levará a nada. Mas...quem não teme as mudanças? Fazem parte do futuro, e todos temem o futuro. Aliás, penso que todas elas se encaixam perfeitamente no conceito de que todos temos noção enquadrando-se no "futuro". Eu temo-as. Temo-as, temendo ainda mais o futuro. Quero que ele contemple todas as expectativas que tenho em relação a ele, mas o meu medo é que tudo saia ao contrário e a minha vida se torne numa autêntica montanha russa. Imagino-me sentada sobre ela...de um lado para o outro, de cabeça para baixo, de cabeça para cima, para o lado direito, para o lado esquerdo, para trás, para a frente...o enjoo a apoderar-se do meu estômago frágil e desesperado por uma paragem ciente das consequências...e por fim, tudo melhor. Uma vida melhor, umas escolhas melhores, uma história melhor...um ar mais respirável, um céu mais azul, um vento mais ameno, um chão mais seguro, uma parede menos áspera...umas respostas menos negativas, uns sentimentos menos falsos, umas verdades menos complexas. Estes são todos os desejos de alguém que sonha alto demais e que cai derivadas vezes nos sonhos que tem...acabei de "pintar" o meu perfil "diante" de todos vocês. Tantas vezes o digo, cada vez mais o comprovo...: eu sou uma otária todos os dias da minha vida.
Não quero as mudanças, mas sinto que deva receber e aceitar algumas delas muito rapidamente, antes que a minha "percentagem" de otária se torne ainda maior e a sua cura duradoura deixe de existir, seja em que parte for. Aqui, ali, assim, assado, daquela forma ou desta...eu iria sonhar sempre com o mesmo. Iria sempre ver-me a ser presenteada com uma vida melhor, com umas expectativas mais elevadas mas sempre alcançáveis, com um mundo criado e vivido há minha maneira...vivido por mim, por ti, por todos nós. Mas para quê desejar fazê-lo, se acabaria por vos tornar a todos numa cambada de otários como hoje me sinto ser? Talvez eu seja otária simplesmente por estar a escrever isto, mas...eu nunca irei esconder os meus sentimentos de ninguém, como muitos fazem. O ar paira dentro dos meus pulmões cansados de inspirar e expirar e obriga-os a expulsar o ar para possibilitar a minha fala que dará a conhecer ao mundo o que preenche o meu solene coração. E apesar de me sentir uma otária...orgulho-me por nunca ter sentido a necessidade de esconder o que sinto, seja de quem quer que fosse. Não quero fazê-lo. Não preciso de fazê-lo! Eu sinto-me bem assim. Não tenho vergonha de nada, nem de ninguém. Se decido amar alguém, é porque estarei disposta a aceitar todas as atitudes que ela provavelmente terá. Seja para comigo, seja para com tudo. Aceitá-las e nunca encará-las de forma vergonhosa, como se alguém me matasse por amar alguém que também tem os seus momentos de criança quando já possui uma idade inadequada a elas...nunca escondi nada do que sinto. Nunca escondi, não escondo e nunca esconderei. Seja por vergonha, por hipocrisia, por ignorância...ou por outra sensação qualquer. Os meus sentimentos serão sempre a minha maior verdade, independentemente de tudo e mais alguma coisa.
Não quero mais.

Rolly Coaster.


As necessidades mais estúpidas e alcançáveis para alguns, são o prémio de vencimento de uma árdua batalha para muitos.
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Nunca pedi demais. Nunca exigi mais do que aquilo que mereço, nunca lutei por uma ambição que apenas me traria a ruína...nunca fui "demais", mas também nunca fui "de menos". A verdade é que sempre que a minha convicção de luta foi maior, os pertences que recebi foram sempre os menores; tantas vezes me convenci que com mais luta, menos eu obteria...pois a vida provas assim me deu. Mas hoje, hoje eu penso o contrário. E talvez a única conclusão a que chegue seja a forma como me apliquei em lutar pelo que sempre fiz...talvez...naquela altura a minha convicção e dedicação não fossem como são hoje. E...talvez...eu não ansiasse tanto pelo que lutava, não desejasse tudo aquilo como desejo certas e determinadas coisas hoje. Mas tudo me faz crer que hoje eu luto demais por coisas que talvez nem mereçam o meu esforço a 100%...não consigo explicá-lo sem colocar nomes, e isso eu não vou de todo fazer.
Eu sei pelo que tenho de lutar! Sempre soube no que aplicar todo o meu esforço, toda a minha dedicação...fazê-la funcionar a 100%! Mas apesar de o saber, nem sempre o pus em prática. Eu não quero mudar, não pretendo fazê-lo. Se bem que...eu tenho perfeita noção que todas as mudanças que ainda terei de atravessar não se "apresentaram" na minha vida e criarão o meu "novo ser" quando a minha vontade for essa. Apesar de não querer mudar em nada, espero pelas mudanças. O que me resta fazer para além disso? Tentar adivinhar como serão todas elas? Ou...como será ELA (sendo simplesmente uma mudança)?! Isso não me levará a nada. Mas...quem não teme as mudanças? Fazem parte do futuro, e todos temem o futuro. Aliás, penso que todas elas se encaixam perfeitamente no conceito de que todos temos noção enquadrando-se no "futuro". Eu temo-as. Temo-as, temendo ainda mais o futuro. Quero que ele contemple todas as expectativas que tenho em relação a ele, mas o meu medo é que tudo saia ao contrário e a minha vida se torne numa autêntica montanha russa. Imagino-me sentada sobre ela...de um lado para o outro, de cabeça para baixo, de cabeça para cima, para o lado direito, para o lado esquerdo, para trás, para a frente...o enjoo a apoderar-se do meu estômago frágil e desesperado por uma paragem ciente das consequências...e por fim, tudo melhor. Uma vida melhor, umas escolhas melhores, uma história melhor...um ar mais respirável, um céu mais azul, um vento mais ameno, um chão mais seguro, uma parede menos áspera...umas respostas menos negativas, uns sentimentos menos falsos, umas verdades menos complexas. Estes são todos os desejos de alguém que sonha alto demais e que cai derivadas vezes nos sonhos que tem...acabei de "pintar" o meu perfil "diante" de todos vocês. Tantas vezes o digo, cada vez mais o comprovo...: eu sou uma otária todos os dias da minha vida.
Não quero as mudanças, mas sinto que deva receber e aceitar algumas delas muito rapidamente, antes que a minha "percentagem" de otária se torne ainda maior e a sua cura duradoura deixe de existir, seja em que parte for. Aqui, ali, assim, assado, daquela forma ou desta...eu iria sonhar sempre com o mesmo. Iria sempre ver-me a ser presenteada com uma vida melhor, com umas expectativas mais elevadas mas sempre alcançáveis, com um mundo criado e vivido há minha maneira...vivido por mim, por ti, por todos nós. Mas para quê desejar fazê-lo, se acabaria por vos tornar a todos numa cambada de otários como hoje me sinto ser? Talvez eu seja otária simplesmente por estar a escrever isto, mas...eu nunca irei esconder os meus sentimentos de ninguém, como muitos fazem. O ar paira dentro dos meus pulmões cansados de inspirar e expirar e obriga-os a expulsar o ar para possibilitar a minha fala que dará a conhecer ao mundo o que preenche o meu solene coração. E apesar de me sentir uma otária...orgulho-me por nunca ter sentido a necessidade de esconder o que sinto, seja de quem quer que fosse. Não quero fazê-lo. Não preciso de fazê-lo! Eu sinto-me bem assim. Não tenho vergonha de nada, nem de ninguém. Se decido amar alguém, é porque estarei disposta a aceitar todas as atitudes que ela provavelmente terá. Seja para comigo, seja para com tudo. Aceitá-las e nunca encará-las de forma vergonhosa, como se alguém me matasse por amar alguém que também tem os seus momentos de criança quando já possui uma idade inadequada a elas...nunca escondi nada do que sinto. Nunca escondi, não escondo e nunca esconderei. Seja por vergonha, por hipocrisia, por ignorância...ou por outra sensação qualquer. Os meus sentimentos serão sempre a minha maior verdade, independentemente de tudo e mais alguma coisa.
Não quero mais.